
Bem vindos amigos whiskeyros!
Hoje trago para vocês um rótulo turfado, de uma destilaria que sua história remonta do ano de 1798, a Ledaig, na Ilha de Mull.
Entre idas e vindas, problemas de fechamento da destilaria por mais de 40 anos, até uma fase em que alugaram os prédios da empresa para hospedar pessoas de férias ou até mesmo eram usados como depósitos de queijo, a empresa mudou de nome para Tobermory, e passou a ter dois perfis de whisky: Turfado (Ledaig) e não turfado (Tobermory).
Inclusive a produção desses whiskys foram divididas, sendo 6 meses do ano para produção do Ledaig, e os 6 meses restantes produzindo o Tobermory.

Rótulo | Ledaig 10 anos |
Destilaria | Tobermory |
Categoria | Single Malte |
Idade | 10 anos |
ABV | 46.3% |
Região | Isle of Mull |
Barril | ex-bourbon |
Corante | não |
Filtragem a frio | não |
Turfa | 35 ~ 40ppm |
Lançamento | – |
Valor | entre 350,00 e 400,00 |
Vamos ao review
Ao colocar a amostra na taça, passei uma gota do whisky nas costas da mão. A turfa é bem presente, trazendo notas salinas, peixe queimado, um leve cítrico e baunilha.
Após girar um pouco o whisky na taça, forma-se a coroa completa, poucas lágrimas se formam e ficam travadas na taça.
Whisky de cor dourado claro.
Olfato
Ao destampar a taça, a turfa é agradável, como uma fogueira na costa marinha, e apesar de doce, traz notas salinas e iodadas, algo que lembra peixe queimado, além de baunilha, caramelo, malte, mel, frutas secas e algum tipo de nozes/castanhas tostadas.
Paladar
No paladar, ao tocar a língua, média densidade e oleosidade, a turfa aparece em primeiro lugar, terrosa, iodo, maresia, fogueira, fumaça, média salivação, trazendo malte, casca de limão, baunilha, pimenta preta.
Não é um whisky doce, traz notas adocicadas bem leves, e no fundo da boca, um chocolate amargo com pimenta, mas o perfil dele é mais esfumaçado e levemente amargo.
De boca fechada, ao encher a boca de ar e esvaziar, a turfa traz madeira queimada, pimenta, sal/maresia, chocolate amargo e cítrico do limão.
A cada novo gole, a picância aumenta, a salivação também, a fumaça, cinzas, gosto de queimado intensifica, e o cítrico do limão se mostra mais presente.
Após um segundo gole, a finalização se torna mais longa, maior a salivação, uma leve dormência na boca, o cítrico continua bem pronunciado e a sensação de peixe queimado na fogueira continua.
CONSIDERAÇÕES
Na minha opinião, o Ledaig, da Tobermory, se mostra uma ótima opção de whiskys das ilhas, sem ser de Islay. Um whisky potente, com uma turfa bem presente, intensa, o álcool não é agressivo no paladar nem no olfato, não é um whisky doce e enjoado, e o toque cítrico dele casa bem demais com a turfa, sendo fácil continuar bebendo novos goles.
Um grande concorrente à outros whiskys turfados mais badalados.

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